sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Joaquim Rodrigues de Rezende, sua história, sua vida




Anotação sobre empréstimo escrito por Joaquim
Nesse mês de janeiro ocorre o centenário de nascimento de Joaquim Rodrigues de Rezende. Um homem extraordinário, de caráter exemplar, autoditata, bondoso e além de tudo um católico fervoroso.  Do tipo que comprava a briga e não se omitia, daqueles que se valia do princípio ubi Petrus, ibi Ecclesia. Há de se ressaltar os seus escritos, as correspondências que trocava frequentemente com as editoras católicas.  Além de ser pai de família, dedicava seu tempo a Igreja, foi Congregado Mariano, da Legião de Maria e da Ordem Terceira de São Francisco. Seu rosto traduzia seriedade, talvez bravo, mais o coração era de menino. Não poderia deixar de escrever nesta ocasião umas poucas linhas sobre sua vida biográfica. Justo agora na passagem dos 100 anos de seu nascimento. 

Joaquim e Luiza (1ª esposa)
No virar dos 31 de dezembro de 1910 para 1º de janeiro de 1911, nasce na antiga São Pedro de Uberabinha a primeira criança do ano. Dia em que o casal Onofre Rodrigues de Rezende e Virgilina Maria de Rezende vira nascer o seu primeiro filho. Tendo olhos azuis e cabelos bem claros, os quais reluziam. Foi levado a pia batismal em 12 de fevereiro, sendo seus padrinhos o tio-materno Mudesto Ferreira de Rezende e a sua avó materna Mariana Luciana de Rezende. Sendo celebrante o padre André Aguirre. De sua mãe, aprendeu os primeiros ensinamentos religiosos e familiares, e do pai a lidar com o gado e a lavoura.  Devido à lida na roça, pode estudar por pouco tempo. Porém, suficiente para ler, escrever e calcular com uma pessoa douta. Sua infância se passou pelo Marimbondo, até que os pais resolvem se mudar para a Fazenda Fundão em Araguari.  Certo tempo depois, mudam para a Estação Stevenson e os anos passam, e agora jovem pensa em se casar. Nessa época, os casamentos ainda estavam de certa forma sob influência dos pais. Então, casa-se com Luiza Francisca de Jesus em 1937, filha de Joaquim Caetano Peixoto e Laurinda Francisca de Jesus.  Meses depois, e a notícia que de sua mulher está grávida, tudo ocorre bem e a criança nasce em 14 de setembro de 1938. Era uma menina, a qual lhe deram o nome de Jovelina Rezende.   Na mesma semana Luiza, sua esposa teve uma série de complicações pós-parto que infelizmente a levou a morte.  

Joaquim e Maria (2ª esposa)
Joaquim em momento algum perdeu a cabeça, mesmo por circunstância tão difícil. Perdeu a mulher, mais ainda teve como consolo a filha recém-nascida. Esta, que foi entregue aos cuidados dos avós maternos e consequentemente sogros e tios de Joaquim. Pois, era primo de sua esposa. Todos conviviam juntos, as fazendas as quais moravam eram vizinhas. Sentiu a necessidade de casar-se novamente, o qual se deu em 1940 com Maria Ferreira de Rezende, sendo filha de Mudesto Ferreira de Rezende (seu padrinho) e Thereza Maria de Jesus.  Matrimônio que durou por 36 anos. Teve mais cinco filhos: Valdete Maria de Rezende (*1941 +2008), Benedita de Fátima Rezende (1943), João Martins de Rezende (1945), Diva Rezende Gomes (1947) e Terezinha Rezende (1948).


Joaquim já na casa de seus 50 anos.
Em janeiro de 1944, muda-se com a família para Anápolis – GO, município o qual já residia os seus pais desde março de 1941. Lá desempenhou inúmeras atividades, foi proprietário de engenho, olaria e fazendeiro. Lá viveu por mais 32 anos, até que em 15 de janeiro de 1976 vem a falecer no Hospital Dom Bosco, após lutar alguns anos contra os males que abateram sobre si. Segundo relato da enfermeira que entrou na enfermaria do momento de sua agonia estava segurando um crucifixo, o qual sempre gostou de carregar e acima de tudo defender.










Requiem aeternam dona ei, Domine: et lux perpetua luceat ei.




Referências 

Acervo Onofre Rezende - Seção de Documentos - Anápolis - Goiás 
Relatos fidedignos de familiares 


Daniel Rezende - © Todos os direitos reservados - 2011

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